Notícias da Síria
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Fotografia de Manuel Almeida /LUSA
MARCELO E AS TÁGIDES
Marcelo, em cupidez municipal
de coroar-se com louros alfacinhas,
atira-se valoroso - ó bacanal! -
ao leito húmido das Tágides daninhas.
Para conquistar as Musas de Camões
lança a este, Marcelo, um desafio:
Jogou-se ao verso o épico? Ilusões!...
Bate-o Marcelo que se joga ao rio.
E em eleitorais estrofes destemidas,
do autárquico sonho, o nadador
diz que curara as ninfas poluídas
com o milagre do seu corpo em flor.
Outros prodígios - dizem - congemina:
ir aos bairros da lata e ali, sem medo,
dormir para os limpar da vil vérmina
e triunfal ficar cheio de pulguedo.
Por fim, rumo ao céu, novo Gusmão
de asa delta a fazer de passarola,
sobrevoa Lisboa o passarão
e perde a pena que é de galinhola.
in INÉDITOS 1979/91
Cancioneiro Joco-Marcelino,
POESIA COMPLETA
Não, não tenho opinião sobre "a lei do piropo". Não, não quero saber se o Portas vai de patins ou de submarino. Também não faço ideia de como podia ter sido resolvido o problema do Banif, embora o desporto de andar a salvar bancos já canse. O mais provável é não votar em ninguém nas presidenciais. E quanto ao estado do mundo já se sabe que pior é sempre possível. Parafraseando o José Gomes Ferreira, ter sempre opiniões também cansa.
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